quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Aquisição da linguagem

           Aquisição da linguagem

A aquisição da linguagem é o processo pelo qual a criança aprende sua língua materna.
A linguagem é considerada a primeira forma de socialização da criança com o mundo e esta ocorre a partir do momento do nascimento, em que a criança inicia um caminho de aprendizado e desenvolvimento da fala e linguagem.
Sua primeira manifestação vocal acontece ao nascimento por meio do grito e posteriormente do choro, tomando a partir de então, contato com o mundo sonoro.
A medida que a criança vai se desenvolvendo, seu sistema sensorial se torna mais aprimorado alcançando um nível linguístico e cognitivo mais elevado.
Assim, podemos dar uma noção geral das fases do desenvolvimento da função auditiva e da linguagem por meio das informações abaixo. Porém, é importante não fixar idades para aquisição de habilidades e de sons, pois há grande variação no desenvolvimento das crianças (como fatores emocionais, ambientais e sócio-econômicos).
               
           
  Fases do desenvolvimento da função auditiva e da linguagem da criança

Idade: 0 a 3 meses
       -assusta-se com sons intensos.
         -começa o período do balbucio, emite alguns sons isolados.
        
Idade: 4 a 6 meses
        -começa a inibição dos comportamentos reflexos como reação dos sons.
         -localiza a fonte sonora em ambos os lados.
         -repete os próprios sons que produz, emite mais os sons que são reforçados em seu ambiente.

Idade: 7 a 9 meses
        -reage quando chamada.
         -localiza a fonte sonora lateralmente e abaixo do nível dos olhos, olhando primeiro para o lado e depois para baixo.
         -repete sons (sem significado) produzidos pelo adulto.

Idade: 10 a 12 meses
        -balança a cabeça para dizer não.
         -é capaz de localizar a fonte sonora diretamente para baixo.
         -emite as primeiras palavras sem significado.

Idade: 1 a 2 anos
        -localiza a fonte sonora em qualquer ângulo.
         -presta atenção em histórias.
         -identifica em si partes do corpo e utiliza seu próprio nome.
         -ao final desta fase já é capaz de construir frases como “quero água, quero papá”.
         -chama atenção para receber reposta verbal do adulto.

Idade: 2 a 3 anos
        -seleciona objetos de acordo com o tamanho.
         -responde perguntas e relata experiência utilizando de 4 a 5 palavras.
         -compreende histórias e atende ordens verbais complexas, como feche a porta e apague a luz.
         -surgem as noções temporais e de quantidade.

Idade: 3 a 4 anos
        -a criança já adquiriu a maioria dos sons, sendo capaz de produzi-los corretamente.
         -faz uso de pronomes, preposições, plural e passado.
        -fase do “porque?”.
-passa a compreender perguntas com por quê, como, quando etc.
         -conta até dez ou mais. Fala sobre figuras em livros ou sobre desenhos.
         -faz uso de frases mais complexas.

Idade: 4 a 5 anos
        -realiza ordens mais complexas.
         -pronuncia corretamente todos os sons. Usa sentenças completas e é compreendida por todas as pessoas.
         -expressa seus sentimentos.
         -compreende e segue um comando de dois níveis corretamente, como: pegue o guarda-chuva azul e coloque no armário da mamãe.
         -fala de coisas ausentes e usa palavras de ligação entre as frases (como mas, assim etc).
         -a linguagem da criança continua a progredir com o aumento da compreensão e das produções lingüísticas.



   Fases da aquisição dos sons

Como já comentamos é importante salientar que este quadro não é rígido e que a criança pode adquirir os sons um pouco antes ou depois dos períodos estimados, sem apresentar nenhuma alteração nesta aquisição.
     

Posição do fonema na palavra

    2 anos

    3 anos

    4 anos

   5 anos

Inicial
m, n, p, b, t, d, R
   k, g, f
       l, j
r, v, s, z, x
Medial
m, n, p, b
 d, k, g, f,      z, lh
   r, l, j, l
t, v, s, z, j
Final
Nenhum
 m, n, b, t, f, z
 p, d, k, g,            r, l, v
   s, x
Vogal
  i, a, u

     ó
   e, é, ô



Obs: Tabela baseada no quadro de aquisição do sistema fonêmico segundo Templin.



  

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Conheça um pouco do nosso espaço



Mudamos de endereço há quatro meses, nos juntamos no mesmo espaço...
Bem antes do novo endereço, cada uma de nós realizava os atendimentos em outros locais, continuamos atender ainda em outros locais mas temos o nosso espaço em comum. (Muito felizes)
Aqui ficamos as três e está chegando uma psicóloga, oba! E os  professores que contribuem muito com nosso trabalho!

Orientação de estudo



ü  Para que tenha uma aprendizagem escolar mais tranquila e eficaz você deve ter uma rotina de estudos diário e seguir algumas dicas:
ü  Horário e local fixo para estudo facilita a aprendizagem;
ü  Um  caderno para registrar o resumo do conteúdo das aulas dadas;
ü  Usar a agenda e um calendário fixo em seu ambiente de estudo;
ü  Disciplina de horário é muito importante;
ü  Observar e registrar os aspectos positivos e negativos dos seus horários de estudo e da rotina escolar permite que você obtenha mais sucesso em seus estudos;
ü  Lição de casa é muito deve ser realizada com muita qualidade;
ü  É importante saber se você tem mais facilidade visual ou auditiva;
ü  Auto avaliação, te ajuda a compreender as dificuldades e a descobrir as facilidades;
ü  Anote  as dúvidas e tire-as com seus professores;
ü  Organização de material é fundamental;
ü  Programação para leitura de livros e realização de trabalho facilita para a compreensão;
ü  Não acumule tarefas;
ü  Se necessário procure orientações;

            

segunda-feira, 15 de agosto de 2011



Sábado, 13 de Agosto de 2011, realizamos um bate papo muito gostoso com um grupo de profissionais que trabalham com crianças e adolescentes, a intenção era de passar um pouquinho de informação técnica sobre dificuldades frequentes na aprendizagem e esclarecer algumas dúvidas dos participantes, porém saímos de lá nos sentindo abençoadas e muito agradecidas pela oportunidade de participarmos um pouquinho daquela família... obrigada!!! Esperamos nos encontrar em breve. Veja um pouquinho do assunto que compartilhamos.

Dificuldades frequentes:
- Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois faz trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de linhas ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.
- Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões de letras conseqüentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto.
- Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números, de um modo geral os portadores não identificam os sinais das quatro operações e não sabem usá-los, não entendem enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações, não entendem seqüências lógicas e outros. Esse problema é um dos mais sérios, porém ainda pouco conhecido.
- Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada das palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino.
- Disortografia: é a dificuldade na linguagem escrita e também pode aparecer como conseqüência da dislexia. Suas principais características são: troca de grafemas, desmotivação para escrever, aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de percepção e compreensão dos sinais de pontuação e acentuação.
- TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem neurológica, que traz consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de causas emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e outros profissionais capacitados.
Pais, educadores, avós e todas as pessoas que convivem com as crianças podem ser os mais importantes no processo de identificação e descoberta desses problemas, porém não possuem formação específica para fazer tais diagnósticos, que devem ser feitos por médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos. O papel do professor se restringe em observar o aluno e auxiliar o seu processo de aprendizagem, tornando as aulas mais motivadas e dinâmicas, não rotulando o aluno, mas dando-lhe a oportunidade de descobrir suas potencialidades. ( fonte: Equipe Brasil Escola )

Como interagir com um aluno disléxico




1.     Dividir a aula em espaços de exposição ,seguido de uma “discussão” e síntese  ou jogo pedagógico.
2.    Dar “ dicas” e orientar o aluno como organizar - se e realizar as atividades na carteira;
3.    Elaborar enunciados curtos com linguagem objetiva para ajuda-los a decodificar o texto;
4.    Se necessário subdivida o texto em partes ,assim como as questões
5.    Valorizar os acertos;
6.    Estar atento na hora da execução de uma tarefa que seja realizada por escrito,pois,seu ritmo pode ser mais lento ,por apresentar dificuldades quanto a orientação e mapeamento espacial entre outras razões ;
7.    Observar como ele faz as anotações da lousa e auxilia-lo a se organizar;
8.    Desenvolver hábitos que estimulam o aluno a fazer uso consciente de uma agenda, para recados e lembretes;
9.    Na hora de dar a explicação usar uma língua clara ,direta e objetiva e verificar se ele entendeu;
10.                      Permitir nas séries iniciais o uso de tabuada ,material dourado ,ábaco,e para alunos que estão em séries mais avançadas,o uso de formulas , calculadora ,gravador e outros recursos ,sempre que necessário.